São Paulo 10/5/2022 – Ações e projetos como o do Sebrae e iniciativas de apoio aos novos negócios fazem toda a diferença na construção de um país empreendedor
Programa de concessão de microcrédito vai conciliar capacitação e formalização no setor do empreendedorismo; especialista comenta panorama e ações para novos negócios no país
Previsto para 2022, um programa de microcrédito anunciado pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) deve impulsionar os negócios de 25 milhões a 40 milhões de empreendedores do país. Segundo a entidade, o programa contará com o apoio da Caixa Econômica Federal, do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento), do Banco do Brasil e de instituições de fomento regionais.
O projeto deve conceder crédito mínimo de R$ 500 com taxas de juros reduzidas, conforme afirmação do presidente do Sebrae, Carlos Melles, em entrevista ao jornal O Povo. No total, mais de 40 organizações financeiras participarão direta ou indiretamente.
Na visão de Ozni Batista, empreendedor, criador da Imersão DNA e presidente do grupo OBx Educação – empresa que atua com treinamentos comportamentais -, o projeto de concessão de microcrédito do Sebrae previsto para este ano poderá ensejar a formação de novos empreendedores que, potencialmente, poderão se tornar líderes no mercado.
“Considerando que a aplicação do programa seja executada de acordo com as promessas do presidente, parece-me um projeto excelente para fomentar o empreendedorismo no país”, afirma. “Com toda certeza, um projeto dessa magnitude pode mudar a vida de muitos empreendedores e construir líderes e empresas que promovam a evolução do Brasil como um todo, gerando empregos e trazendo soluções melhores para toda a sociedade”.
O especialista acredita que, com o avanço da internet e a democratização da informação de qualidade, o empreendedorismo no Brasil tem avançado muito. “Hoje, jovens de 16 anos já conseguem empreender por meio da web, vendendo conhecimento e diversos produtos e serviços, o que é ótimo”, pontua.
Batista compartilha conteúdo nas redes sociais digitais a fim de orientar empreendedores a atuar de forma assertiva no mercado e busca difundir informações, estratégias e métodos de criação de negócios que aprendeu ao longo de sua trajetória de estudos e atuação profissional. Ele avalia que a facilidade de aprendizado, com fácil acesso a materiais de estudo na internet e redes de apoio, estimula a criação de novos negócios no país. “Sou otimista quanto à evolução do empreendedorismo no Brasil para os próximos anos”, afirma.
Para tanto, prossegue, iniciativas do governo, como redução nas taxas de impostos, principalmente para micro e médias empresas, e diminuição de burocracias, são essenciais para a abertura e o sucesso de novos negócios.
Com efeito, a soma de brasileiros à frente de negócios com mais de 3,5 anos cresceu no último ano. De acordo com pesquisa da GEM (Global Entrepreneurship Monitor) 2021, lançada em março, conduzida pelo Sebrae e pelo IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade), o Brasil tem 14 milhões de empreendedores de 18 a 64 anos, o que representa 9,9% da população adulta – uma expansão de 1,2 ponto percentual em relação a 2020. Com isso, o país passou da 13ª para a 7ª posição na classificação de empreendedorismo global em um ranking de 50 países.
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