Volte para longe de mim

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    As palavras me fogem sem você
    Ser o que sou, nem mais isso sei
    Meu canto intrínseco
    Aqui jaz trépido e seco
    Já não reconheço
    Esse vil mundo ao avesso

    A versão minha se perde em vão
    Compaixão apenas pelos que foram e vão,
    Que me levem junto em um caixão
    De folhas secas do verão

    As palavras me fogem sem você
    Corra pelo meu corpo ao amanhecer
    E ao nascer da lua, torne me a ver
    A luz da noite me corroer

    As correntes pesam, essa forca aperta
    As alegrias cessam, essa forca aperta
    Certa força em dada hora certa
    Há de deixar minha garganta aberta

    Volte para longe de mim, e assim
    Queimemos em nosso fim
    Mas antes me tome de novo

    Me consuma em chamas azuis.

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