Saiba como foi a estreia do último ano de The Big Bang Theory

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    The Big Bang Theory estreou a sua última temporada em um primeiro episódio com uma enxurrada de referências pop como a rixa entre Katy Perry e Taylor Swift.
    Outro destaque é Sheldon (Jim Parsons) encarando cotidianamente seu maior desafio até então: a vida de casado com Amy (Mayim Bialik) e muito mais.

    O curioso é que o não é mostrado diretamente ao público que foi dada a largada para a despedida – “The Conjugal Configuration” é construído com a pretensão de ser apenas um bom episódio de The Big Bang Theory. Começando exatamente do ponto onde o público de despediu dos personagens no final do 11º ano, a série retorna com Sheldon e Amy vivendo sua lua de mel – não em nenhum lugar paradisíaco, mas em Legoland, como tinha de ser – enquanto Leonard (Johnny Galecki), Penny (Kaley Cuoco) e os demais seguem suas vidas no pós-casamento.

    A ideia de mudança que incomoda tanto Sheldon também atinge parte considerável do público da série: em dado momento, a série foi acusada de se perder em suas motivações originais. Isso, é claro, porque os personagens de The Big Bang Theory não são como os de Os Simpsons, estagnados em um recorte temporal que não avança. Sheldon e os demais atravessaram uma década onde enfrentaram alguns medos, viveram novas experiências e aprenderam através da tentativa e erro. Isso, tal qual na vida real, muda as pessoas – a isso damos o nome de evolução, o que faz muito sentido em uma série que se chama The Big Bang Theory.

    Enquanto as primeiras temporadas mostram o quarteto protagonista se complicando na hora de dar seus primeiros passos em relações afetivas e sexuais, dez anos depois isso já está superado e os desafios são, majoritariamente, oriundos da manutenção dessas relações já estabelecidas. A 12ª temporada finca raízes nessa dinâmica e deixa bem claro isso ao girar majoritariamente – com exceção do arco de Raj (Kunal Nayyar), o único solteirão do grupo – ao redor de tramas que mostram seus personagens discutindo, de alguma forma, suas relações conjugais.

    O mais interessante é que os produtores não se desconectaram completamente de quem Sheldon, Leonard e os demais eram na primeira temporada: todos os pequenos conflitos conjugais partem de traços primários dos personagens. Enquanto Sheldon enfrenta um impasse com sua recém-esposa por conta de sua compulsão por organização e, consequentemente, falta de espontaneidade, Leonard se vê colocado contra a parede por ver sua relação com Penny – onde ele seria a parte submissa e ela seria a dominante – refletida no caótico relacionamento dos pais de Amy. O velho e o novo Sheldon, assim com a antiga e a mais recente versão do Leonard, no fim das contas, seguem sendo as mesmas pessoas – com a diferença que elas fazem expressão de estranheza quando vislumbram uma foto antiga, assim como qualquer ser humano que pensa em si mesmo há dez anos.

    É claro que, ao longo do episódio, esses impasses vão se resolvendo e os casais – sim, The Big Bang Theory é, nessa altura do campeonato, mais uma série sobre casais do que sobre amigos – sobrevivem às excentricidades de suas partes. Ao que o primeiro episódio indica, a 12ª temporada da série será como um apanhado de episódios comuns de The Big Bang Theory lustrados com cuidado para reluzirem mais que a média, mas sem deixar que isso assuma pretensões megalomaníacas. Por enquanto, o tom de adeus está sendo deixado de lado – os próximos capítulos devem ser a confirmação de que Lorre e Prady devem escolher sair à francesa ao invés de dar uma festança de despedida. Faz mais sentido até, levando em conta o histórico da atração e de seus personagens que, bem ou mal, já estão deixando saudades.

    A temporada final estreou em 24 de setembro de 2018 nos Estados Unidos. No Brasil, o canal pago Warner Channel se encarrega da transmissão.

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