Um dos principais expoentes da música queerneja no país, Gabeu foi o entrevistado de Luciana Gimenez nesta terça-feira (27).
Durante participação no Luciana By Night, o cantor de 22 anos explica como as referências musicais durante sua infância e adolescência o transformaram em um destaque do queernejo, movimento musical que busca levar a representatividade LGBTQIA+ para o sertanejo. “O ano em que nasci, 1998, foi o ano em que meu pai estourou, então o ritmo predominava na minha casa”, conta Gabeu, caçula do cantor Solimões, da dupla com Rionegro. “Milionário e José Rico, Tonico e Tinoco, Tião Carreiro e Pardinho. Foi isso que escutei minha vida toda, mas ao longo do tempo passei a não me identificar com esse padrão e fui me encontrando na música pop. Sou fã de Lady Gaga, inclusive, e tentei misturar essas duas referências no meu trabalho”, revela.
Ao mencionar o padrão heteronormativo da música sertaneja, Gabeu indaga: “Há um tabu muito grande, porque o sertanejo tem essa coisa do homem bruto, não é? Escuto muito, principalmente de meninos gays, que gay não gosta de sertanejo, que “não é para a gente”. Mas por que não é? Por que as pessoas não gostam mesmo ou não se sentem representadas pelo que está ali?”.
Aos 16 anos Gabeu decidiu assumir a homossexualidade para a família. “Foi bem tranquila”, diz sobre a conversa com os pais. “Falei primeiro com meu pai e ele sempre me apoiou. Hoje ele diz que foi muito bom eu ter conversado sobre isso”. Solimões também é um grande incentivador da carreira artística do filho. “Ele me disse: ‘Faz a sua arte. Se eu não gostar não tem problema, porque você não tem que me agradar’.”
A entrevista completa está diponivel no RedeTV! Plus.