Consolidado como repórter de rua cobrindo grandes acontecimentos, Darlisson Dutra chamou atenção no jornalismo do SBT e ganhou a oportunidade de aparecer no Primeiro Impacto. Dutra tem interagido com os âncoras do programa, Dudu Camargo, Marcão do Povo ou Márcia Dantas, apresentando e debatendo as notícias da manhã.
Agora Darlisson tem um novo desafio, apresentar o maior telejornal da emissora, o SBT Brasil, aos sábados. O mineiro bateu um papo exclusivo com o nosso portal, falamos sobre sua trajetória, carreira, como chegou ao SBT Brasil e muito mais.
Natural de uma cidade do interior (Pingo D’água – MG), Como foi ter que se mudar para São Paulo?
Foram 13 cidades antes de São Paulo. Então, digamos que eu já estava bem habituado a mudanças. Mas estar numa emissora em rede nacional na maior cidade do país teve um peso diferente. Eu sinto que já estava preparado pra essa oportunidade.
Ser jornalista sempre foi um sonho?
Eu sempre soube que iria trabalhar na área da comunicação. Segui os passos do meu irmão mais velho que flertava com o rádio. Aliás, foi onde comecei. Desde os 12 anos já me aventurava num microfone, nas rádios evangélicas do interior. Por cinco anos trabalhei profissionalmente em rádio comercial FM e Rádio Globo AM, em Minas. No fim da faculdade comecei em TV. Então, sinto que desde muito criança, o jornalismo me chamava.
Já dominando reportagens de rua, você esteve a frente do SBT Notícias e com plantões no Primeiro Impacto. O que gostou mais de fazer?
Eu sou apaixonado pela rua. Essa oportunidade de ouvir as histórias onde elas acontecem tem um sabor especial. Eu gosto das grandes reportagens, eu gosto das coberturas especiais. E não importa onde eu estiver, ou em qual função, isso nunca vai mudar. Mas sinto que estar no espaço onde um jornal é pensado, as pautas são produzidas, demanda uma capacidade que sinto que já tenho, por essa minha experiência. Confesso que, embora nunca tenha sido minha prioridade, apresentar está sendo muito bom. Percebo que posso contribuir de uma maneira diferente.
Você também já cobriu grandes tragédias, cite um episódio marcante
Eu estive nas duas maiores tragédias ambientais da história do país. Isso me marcou porque ambas foram no meu estado. Depois de Mariana eu não imaginava que poucos anos depois iria ver a mesma cena em Brumadinho. Além dessas duas coberturas, cito também o acidente com o avião da Chapecoense. Eu conhecia muitos dos jogadores e a maioria dos jornalistas que estavam naquele vôo. Ir à Colômbia mostrar o resgate, no calor dos acontecimentos, ainda me emociona.
Como foi assumir a bancada do telejornal de maior audiência fora da Globo? Foi na hora certa?
Eu sinto que foi a hora perfeita. Eu já havia tido experiência na apresentação com o SBT Notícias e com o Jornal da Semana, então isso me deixou mais à vontade pra assumir essa responsabilidade. As entradas ao vivo direto da redação no Primeiro Impacto também me fizeram mais preparado.
Visto tantos Instagram stories te elogiando pela estreia, você esperava tamanha repercussão na internet?
Sim e não. Como tem muitas pessoas que acompanham meu trabalho pelas redes sociais e torcem por mim, eu sabia que elas estariam na frente da TV prestigiando minha estreia. Mas eu não esperava tanta gente. Foi um número absurdo de mensagens, de fotos, de vídeos. Nunca tinha me sentido tão querido. E as pessoas falavam do fundo do coração, felizes pelo meu sucesso. Confesso que foi a parte mais legal de tudo.
Falando nisso, você atua bastante nas redes sociais? O que é a “Dutra comunicação”?
É um projeto que desenvolvi depois que concluí minha pós graduação em Mídias Digitais. Eu estudo profissionalmente redes sociais e decidi levar esse meu conhecimento pro mercado. Consigo ajudar pequenos empreendedores a terem sucesso usando os canais digitais. E a repercussão tem sido ótima.
Qual foi seu maior perrengue no jornalismo?
Digamos que todo dia eu tenha um diferente. E como, na essência, sou uma pessoa mais brincalhona, minhas participações com o Marcão do Povo no Primeiro Impacto sempre rendem alguma coisa engraçada que depois viraliza nas redes sociais. É só assistir a gente todos os dias que sempre vai ter um perrengue diferente.
Quais são seus objetivos futuros? Pretende migrar para o entretenimento?
Eu não sou só aberto às mudanças como vivo de desafios. A apresentação no momento é um deles. Ainda estou curtindo a estreia. Mas se precisarem de mim no entretenimento, também estarei pronto. Algumas coisas a gente já sabe, outras a gente aprende no processo. Adaptação é uma habilidade que todo jornalista precisa ter, ainda mais em tempos de multiplataforma.