A cantora KISSA carrega em sua bagagem uma vasta experiência no mundo da música e da TV. Recentemente a ruiva lançou seu mais novo projeto, o “Estrela Roxy” com quatro faixas autorais e inéditas! o Virou Pauta bateu um papo com a cantora que falou sobre a carreira, planos e suas referências, confira abaixo.
Como e quando foi que você descobriu a paixão pela música?
Eu tinha 7 anos e foi a época em que o Karaokê era o auge! Eu, minha mãe, e avó estávamos juntas no supermercado onde montaram um grande palco. As pessoas subiam e soltavam a voz nesse Karaokê! Eu deixei as duas distraídas e corri lá dar o meu nome. Escolhi a música “Em Cada Sonho” – Sandy & Jr. Quando as duas se deram conta eu já estava em cima do palco, elas ouviram meu nome e minha voz pelos auto falantes do supermercado. Ficaram embasbacadas perguntando desde quando a Kissa canta? Mas, orgulhosas! Minha mãe sacou que tinha algo ali. (rs) Lá mesmo acabei conhecendo um garoto que se apresentava no programa do Raul Gil, e por convite do pai dele semanas depois já montamos uma dupla. Desse dia em diante eu não parei mais!
Sobre as experiências em grandes emissoras de TV ainda muito nova, lembra de algo marcante?
Tive ótimas experiências, e outras que hoje são parte da minha história. Eu ia em todo tipo de emissora e programa. Desde o glamour da grande emissora, e nesse pacote tudo vinha completo: Lanchinho, preocupação, maquiadores que te deixavam linda, aquele destaque de artista né?! E ainda dava para convidar a família e amigos para assistirem ao canal que todos conheciam.
Até as longas viagens em ônibus para me apresentar em programas desconhecidos.
Me lembro que no meu aniversário de 12 anos, eu viajei horas para cantar em um programa cujo nome era: “Canal do Boi”. “Cara, eu acredito que a audiência era só das pessoas que participavam (rs)”. Foi muito cansativo! Mas, eu sempre acreditei na ideia que o importante é estar na rua dando as caras mesmo! Quem não é visto, não é lembrado!
Faria algum trabalho voltado a televisão?
Com certeza! Eu passei minha infância fazendo TV. Então palco de programa é quintal de casa! Gosto muito das câmeras e desde criança tenho habilidades com a comunicação. Fui repórter mirim por bons anos entrevistando grandes empresários, e sempre me convidavam para aberturas especias em datas comemorativas nas grandes emissoras. Sinto saudade do calor dos estúdios! E fora isso, ainda teve meu trabalho como atriz que marcou muito minha pré-adolescência. Gravávamos “Acampamento Legal”, novela infantil da Rede Record, semanalmente, então passava meus dias trabalhando e brincando em todos os melhores acampamentos do interior de SP. Foi demais!
Quais são suas referências?
Eu sou uma rock woman! O primeiro disco que minha mãe me presenteou foi do “É o Tchan”, isso aos 8 aninhos. Mas, o primeiro disco que eu escolhi foi do Roxette. Eu sou uma eterna apaixonada pelos anos 80! Desde o rock alternativo aos grandes clássicos, o rock brilha meus olhos. A intensidade, os figurinos, as histórias etc.
Minhas grandes referências são: David Bowie, Rita Lee, Blondie, Michael Jackson, Lady Gaga etc Mas, Joan Jett, The Cure, Smiths, Patti Smith etc também não ficam de fora da minha playlist.
E não nego que vinda de uma família caipira também gosto muito das modas de viola. Hoje em dia onde o sertanejo predomina, gosto de falar que muito admiro a dupla Bruno & Marrone.
De onde veio a ideia para o novo EP?
A inspiração para a faixa título “Estrela Roxy” veio de uma viagem para Nova York em 2018 onde conheci o famoso “Roxy Hotel” localizado no bairro de Tribeca. Roxy acabou se transformando em quase uma “Pasárgada” onde busquei um lugar melhor e idealizado para o qual possa fugir da realidade e ver-me livre de limitações e preconceitos. “Encontrar a Estrela Roxy é encontrar consigo mesmo”. E sou eu, é você, pode ser uma atitude, um sentimento, um pensamento, pode ser 1,2,3 ou quantos quisermos.
Sobre explorar novos gêneros musicais, você percebe que ainda há uma resistência do público em “aceitar” algo menos voltado para o que o mercado musical tem consumido?
Eu sinto que há sim, uma resistência. Mas, o ser humano defende aquilo que acredita! Então tento inspirar pessoas com as referências e verdades que eu também acredito. E aceitam aqueles que se identificam. Aos que não, eu certamente quero ser lembrada por ser aquela que gentilmente mostrou algo novo, não a que preconceituosamente impôs algo.
Tendo tanta experiência, tem algo que você não fez ainda e tem muita vontade?
Eu espero o dia de ver a minha arte na boca de milhares de pessoas em um grande estádio. Isso é tão latente que quando estou em meus momentos meditativos, eu posso ver as luzes, o palco, as projeções, e em visão 360 acompanho cada um naquele “mar de gente”. É de arrepiar! Mas, vale falar que as coisas acontecem apenas 2 vezes na vida. Uma dentro, e a outra fora! Dentro eu já estou vivendo, agora é dedicar-se para que tudo isso se materialize.
Para finalizar, como você define essa nova fase da sua carreira e o que os fãs podem esperar daqui pra frente?
Certamente estou na minha melhor fase e maturidade artística. Agora com 30 anos e depois de todos os degraus eu me sinto pronta pra encarar o sucesso e os desafios que uma carreira artística trazem. Eu consegui fazer um pop cheio de atitude, com timbres que mostram as minhas referências, e a melhor parte disso foi conseguir unir uma equipe tão profissional e talentosa. Aproveito para agradecer a Mahmundi, o Jeff Pina, Studio Neon, todos os maquiadores, estilistas que compram as minhas loucuras, produtores, daquele me serve café ao diretor geral, todos ,todos! Já está sendo um grande sonho! E daqui pra frente vem muito mais! Já gravamos o próximo videoclipe do nosso single de trabalho, “Cafuné”, e o lançamento está bem próximo. Fiquem ligadinhos nas minhas redes que vêm novidades por aí!