Epidemia de Doenças Não Transmissíveis podem custar a vida

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    São Paulo – SP 16/11/2022 – A comunicação é a principal ferramenta para conscientizar a população e investimentos nos setores de saúde são essenciais.

    O informe realizado pela LLYC se baseia na análise dos desafios de saúde em sete países da América Latina para identificar oportunidades de combate às doenças não transmissíveis, sob a ótica da comunicação, relações públicas e marketing digital

    As Doenças Não Transmissíveis (DNTs) impactam a qualidade de vida de milhões de pessoas, geram altos custos para os sistemas de saúde e têm sido apontadas pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) como a grande epidemia contemporânea. Apesar de políticas públicas e campanhas de comunicação terem sido amplamente discutidas e elaboradas para tentar conter o impacto dessas doenças, a epidemia continua crescendo. As doenças cardiovasculares são responsáveis pela maior parte da mortalidade por DNT, ou seja, 17,9 milhões de pessoas por ano, seguidas por câncer (9,3 milhões), doenças respiratórias crônicas (4,1 milhões) e diabetes (2,0 milhões, incluindo mortes por doença renal causada por diabetes). Esses quatro grupos de patologias são responsáveis por mais de 80% de todas as mortes prematuras por DNTs.

    Diante dessa situação, a consultoria global de comunicação LLYC elaborou o relatório “Hábitos que custam a vida: A epidemia de doenças não transmissíveis”, que contou com a participação de 38 especialistas latino-americanos de sociedades médicas, governo, academia, grupos de pacientes, organizações da sociedade civil, empresas e sindicatos na Colômbia, México, Argentina, Panamá, República Dominicana, Equador e Brasil, com o objetivo de responder a seguinte pergunta: como podemos parar esta epidemia?

    O informe analisa documentos e fontes oficiais de informação dos ministérios da saúde, sociedades de saúde pública, centros de estatísticas de saúde em 7 países da América Latina, com foco na prevalência, consequências e fatores modificáveis ​​das doenças não transmissíveis e contrasta os achados com a experiência de os 38 especialistas participantes, a maioria dos quais define as atuais estratégias de promoção e prevenção da saúde como insuficientes.

    Este relatório resume as principais descobertas e recomenda ações na perspectiva da comunicação, de assuntos públicos e do marketing digital para acabar com essa epidemia, alcançar uma sociedade mais saudável e reduzir o peso dessas doenças para os sistemas de saúde. Para Giuliana Gregori, diretora de Healthcare e Advocacy da LLYC Brasil, “a comunicação é a principal ferramenta para conscientizar a população e atrair investimentos em setores de saúde que são essenciais nas estratégias que levem a mudanças e hábitos. Assim, poderão ser adotados planos eficazes para que se possa reduzir as mortes e os custos com essas doenças e garantir uma melhor qualidade de vida para todos”.

    Cresce a necessidade de investimento para cumprir as recomendações da OPAS

    O estudo revela diferenças entre as necessidades dos pacientes que sofrem dessas doenças e os recursos alocados para respondê-las. Embora haja um compromisso universal de reduzir a mortalidade prematura por essas condições em 30% até 2023 (OMS), fechar a lacuna de investimento para pessoas que vivem com Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) é um dos principais desafios para a região das Américas, onde a maioria dos países ainda não têm orçamento alocado para essa estratégia e não atendem à recomendação da OPAS de ter investimento público em saúde equivalente a 6% do PIB até 2027.

    A visão dos especialistas: Rumo a um sistema de saúde preventivo

    Cerca de 90% dos 38 especialistas que participaram do relatório concordam com a necessidade de unir forças, articular a sociedade civil e o setor privado para obter melhores resultados no combate a essas doenças e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Para tanto, destacam a necessidade urgente de mudar o foco de um modelo curativo para um modelo preventivo, pois estamos lidando com políticas que focam no tratamento de doenças e não na prevenção, e 9 em cada 10 entrevistados concordam que os pacientes não têm uma cultura de adesão ao tratamento.

    Quando questionados sobre os principais desafios para enfrentar as DCNTs e, principalmente suas recomendações para reduzir a carga dessas doenças, 97% dos pesquisados ​​responderam como sua primeira recomendação ou demanda aos governos a necessidade de focar na prevenção para melhorar a taxa de doença; 90% mencionaram a importância de criar programas de educação do paciente sobre estilos de vida saudáveis ​​e acesso a medicamentos; 80% indicaram a necessidade de fortalecer a atenção primária e 5% mencionam a importância de combater a poluição do ar e da água e estar atento aos precursores cancerígenos nos alimentos.

    Comunicação mais eficaz e bidirecional

    O relatório identifica a necessidade de campanhas que considerem a bidirecionalidade e a criatividade para gerar uma conexão que influencie a mudança de hábitos e alcance uma sociedade mais saudável com o uso e análise de dados, novas tecnologias e novos canais de comunicação.

    E conclui que o sucesso se refletirá na mudança de hábitos e no aumento dos 10 indicadores para monitorar o progresso em relação às DCNT, estabelecidos por organismos multilaterais globais e regionais (Aliança de DCNT, OMS, OPAS).

    Website: //ideasbr.llorenteycuenca.com/

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