Seguro contra doenças graves ganha fôlego no país

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    20/9/2022 –

    Apólice resguarda situação financeira do próprio segurado no momento do tratamento

    A preocupação com doenças graves entrou para a lista de cuidados dos brasileiros e, para se proteger dessa adversidade, uma solução acessível tem sido a contratação de um seguro voltado para doenças graves. Segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), a contratação de seguros apresentou um crescimento de 26,3% no início de 2022, sendo a pandemia de Covid-19 um dos principais gatilhos para este processo de expansão do mercado. 

    A procura se justifica para além da Covid-19: segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil tem em média 625 mil novos casos de câncer por ano e terá, até 2030, 85 milhões de portadores da doença. Além disso, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o acidente vascular cerebral (AVC) mata uma pessoa a cada 6 segundos no mundo. No Brasil, são mais de 100 mil mortes por ano causadas pela doença, segundo o Ministério da Saúde. Na América Latina, a OMS estima um aumento de 500% nos casos de Alzheimer até 2050. 

    As notícias sobre essas enfermidades acendem o alerta de quem tem histórico familiar e sabe que pode ser mais predisposto a apresentar o problema no futuro. Assim, a contratação de um seguro para doenças graves vira uma precaução. Além do câncer, do AVC e do Alzheimer, outras doenças costumam ser cobertas pelas seguradoras, como infarto, paralisia, perda da visão, parkinson, esclerose múltipla, osteomielite e embolia pulmonar. 

    Doenças graves podem acometer pessoas de todas as idades, mas já existe crescimento no registro de jovens que procuram seguros. Dados da Rede Lojacorr revelam um aumento de 112,98% de janeiro a junho deste ano (em relação ao mesmo período em 2021), na faixa etária de 19 a 24 anos – faixa de quem está em início de carreira. Ou seja, pessoas que ainda não têm patrimônio suficiente para bancar as despesas médicas de um tratamento de longo prazo, mas que eventualmente também não conseguem arcar com o pagamento de um plano de saúde de forma regular – mas ainda assim, desejam uma cobertura para ter alguma segurança.

    É uma situação parecida com a de profissionais autônomos, que também têm procurado seguros para serem usados em vida. Profissionais com esse perfil, em geral, não têm uma renda estável, seus recebimentos são variáveis – mas ainda assim, muitos são os provedores de suas famílias. “Não é raro encontrarmos famílias que saíram endividadas após um longo tratamento de uma doença grave de um ente querido. É justamente esse tipo de circunstância que o seguro para doenças graves evita”, relata André Calazans, diretor de seguros e risco da Azos Seguros.

    A ideia principal desse tipo de seguro é amenizar os efeitos que uma situação dessas tem de impactar nas finanças. “O seguro é uma forma de se proteger, não significa que ao contratar você vai passar pela situação que ele cobre, como por exemplo, uma doença grave. Mas para que, caso algo ocorra, você não sofra financeiramente aquele prejuízo”, afirma Rafael Cló, CEO da Azos.

    Sendo assim, o seguro contra doenças graves evita o impacto financeiro do custo do tratamento médico, de medicamentos ou da ausência no trabalho, sendo uma compensação a ser recebida em vida.

    Impactos maiores que a doença

    É comum que depois do diagnóstico de câncer, pacientes digam que a vida mudou drasticamente. Os estigmas relacionados à doença, os impactos do tratamento e o resultado – muitas vezes incerto -, são em geral assustadores para quem recebe a notícia. As mulheres, muitas vezes, ainda lidam com um peso adicional: o abandono. A situação é tão comum que virou estatística: de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, 70% das pacientes lidam com a rejeição de seus parceiros nesse momento. 

    Isso quer dizer que, além de enfrentarem um momento extremamente frágil, elas ainda precisam passar por isso sozinhas. Não à toa, o número de mulheres que procuram por seguro de vida também aumentou – cerca de 10% -, segundo relatório da BrasilSeg. 

    Com a indenização em casos de doença grave, a segurada pode arcar com o tratamento adequado e manter a qualidade da sua rotina, assegurando sua autonomia financeira e sem gerar dívidas que seus familiares não possam pagar.

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