São Paulo, SP 27/7/2022 – A AIoT tira proveito de uma grande variedade de tecnologias, como Machine Learning e Deep Learning, e tem um e tem um campo de aplicação quase ilimitado
Tecnologia, que reúne inteligência artificial e internet das coisas, já pode ser vista na ruas, casas, empresas e indústrias
Conectar equipamentos à internet traz várias vantagens, como permitir acesso remoto a imagens, dados e até mesmo o controle a distância de aparelhos. Mas se além de usar só a IoT (internet das coisas) for somado todo o potencial da IA (inteligência artificial), surge a AIoT, sigla em inglês que significa a união dessas duas tecnologias. O resultado é uma gama de ferramentas em rápida evolução e que já podem ser vistas nas ruas, casas, empresas e indústrias.
De acordo com o instituto Research and Markets, o mercado global de soluções de AIoT atingirá o valor de US$ 83,6 bilhões em 2027, crescimento anual composto de 40%. E o mercado de AIoT deve ser responsável por cerca de 30% das implementações de sistemas com inteligência artificial, principalmente na área da indústria.
De acordo com o instituto Gartner, com base em uma pesquisa realizada no ambiente corporativo, a inteligência artificial já é uma das principais tendências estratégicas de tecnologia, a começar pela chamada IA generativa, que permite criar sistemas capazes de aprender os padrões utilizados nos dados e, a partir disso, criar novas informações.
“A AIoT tira proveito de uma grande variedade de tecnologias, como Machine Learning, Deep Learning e processamento de linguagem natural, entre outras, e tem um campo de aplicação quase ilimitado”, explica Samir Vani, country manager da MediaTek, empresa que fabrica chips para equipamentos como smartphones, Smart TVs, assistentes pessoais inteligentes e outros dispositivos de AIoT.
As aplicações são muitas, como medicina, robótica, gerenciamento de dados, cidades inteligentes, eletrodomésticos ou mesmo no varejo. “Isso se deve em grande parte à capacidade da indústria de oferecer chipsets mais modernos e com preços mais acessíveis, o que permite levar os recursos de IA à chamada computação de borda”, afirma Vani, da MediaTek. A edge computing (termo original em inglês) significa criar dispositivos capazes de ter esses recursos de inteligência artificial de forma local (sem a necessidade de acessar um servidor remotamente a todo momento).
Do lado da indústria, a ideia de um mundo mais conectado e inteligente ganhou fôlego com o conceito de indústria 4.0. Já as tecnologias de interação entre homem e máquina, que caracterizam o que já está sendo chamado de Indústria 5.0, exigem recursos avançados presentes na inteligência artificial, somada à internet das coisas.
Os desenvolvedores de equipamentos para as mais modernas empresas e indústrias já têm no seu radar a tecnologia de AIoT, pois ela impacta de forma positiva vários desafios na área de design de produto, como custo, peso, latência, mobilidade e consumo de energia. São produtos como robôs com maior mobilidade, sistemas de visão para dispositivos de mão, computadores industriais e interfaces de comunicação homem/máquina.
No ambiente doméstico, os assistentes pessoais inteligentes (também conhecidos como smart speakers), como o Echo, da Amazon (que utiliza a Alexa) e o Google Home, são cada vez mais populares. Segundo estimativas da consultoria Statisa, já há mais de 330 milhões desses equipamentos instalados. E até 2023, o volume anual de vendas deve chegar a 200 milhões de unidades.
E motivados pela adoção desse tipo de tecnologia, que permite comandar equipamentos por exemplo com a voz, os fabricantes de eletrônicos e de eletrodomésticos estão incorporando a tecnologia de AIoT a equipamentos como televisores, aparelhos de som, máquinas de lavar, notebooks e relógios, entre outros. A interação entre homem e máquina será cada vez mais sofisticada.
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