São Paulo 31/1/2022 – Neurociência aplicada em projetos desenvolvem afetos e geram crescimento mútuo
As organizações estão sofrendo um forte processo de transformação nas relações sociais e econômicas, devido ao enorme avanço das tecnologias. Dentro das empresas, a neurociência vem crescendo como ferramenta importante no desenvolvimento
Segundo pesquisas da UCLA, Universidade da Califórnia, para a mente humana a dor social e a dor física são compreendidas da mesma maneira. A exclusão, a discriminação ou humilhação, possuem o mesmo significado de uma segregação social no ambiente de trabalho.
Um estudo publicado pelo pesquisador-chefe Dr. Hidehiko Takahashi, no Departamento de Neuroimagem Molecular do Instituto Nacional de Ciência e Radiologia de Tóquio, apontou regiões cerebrais que liberam cortisol e alguns outros hormônios ligados ao estresse, quando o ser humano é comparado a outro de modo negativo, ligando imediatamente o que os pesquisadores chamam de: “mecanismo de ameaça”.
A pesquisa foi realizada com voluntários que foram induzidos a imaginar uma ação hipotética: “Quando os voluntários eram comparados negativamente aos outros personagens, a parte do córtex dorsal anterior do cérebro era ativada. Essa região do cérebro é responsável pela dor física e é associada à dor mental”, comentou Takahashi.
O hospital de Nova Iorque realizou um outro estudo buscando ampliar a frequência na qual os colaboradores higienizavam suas mãos posteriormente ao contato com os pacientes, pois a ausência do cuidado causa a disseminação de doenças. Para reverter a circunstância, o hospital inseriu placas eletrônicas que apresentavam um feedback positivo a todo momento em que os colaboradores higienizavam as mãos, por meio de elogios como: “excelente trabalho”.
O intermédio aumentou em 90% a aderência das equipes médicas após um mês da inserção do feedback positivo, mostrando eficiência absoluta da campanha estratégica baseada na neurociência. As análises em neurociência sobre este estudo, apresentaram resultados impactantes, a campanha de feedback positivo ativou de imediato o sistema de recompensa do cérebro dos participantes, auxiliando-os na repetição da tarefa em curto prazo.
Os neurocientistas afirmam que as estratégias de estímulos positivos neurológicos, ampliam habilidades, promovendo um ambiente de confiança e aumento de engajamento dos profissionais com os projetos propostos.
Um colaborador mais engajado na equipe tem relação direta com o crescimento de uma empresa. Luciano Mello, Presidente da Neuro Success — empresa de felicidade corporativa situada em São Paulo, que atende o território nacional e internacional — comenta sobre a importância do engajamento de colaboradores através da neurociência aplicada: “Compreender o papel do líder ao evitar costumes organizacionais que ativem retornos “de ameaça”, como por exemplo, feedback agressivos e avaliações superficiais, sem dúvida, pode transformar a saúde financeira da organização. Trabalhar para que os colaboradores se sintam parte daquele ambiente é crucial para sua ascensão e produtividade”.
As organizações estão sofrendo um forte processo de transformação nas relações sociais e econômicas, devido ao enorme avanço das tecnologias. Dentro das empresas, a neurociência vem crescendo como ferramenta importante no desenvolvimento, em razão de facilitar e impactar um número maior de pessoas em tempo reduzido, difundindo e compartilhando conhecimentos. Um dos aspectos abordados pelos gestores na atualidade, está em aplicar a neurociência no replanejamento da relação entre a liderança e o colaborador, criando unicidade dentro do ambiente corporativo.
Visando essa transformação, multinacionais e empresas preocupadas com a produtividade como a Google, por exemplo, oferecem projetos de neurociência, e setores interativos dentro de suas unidades. Áreas de repouso, mesas de jogos, campanhas de feedbacks positivos e salas de estar para interação de seus colaboradores. No manifesto impresso nas paredes do escritório da Pepsico no Brasil, está a premissa básica que reflete este novo modelo de atuação no mercado: “Trabalhamos para nossos consumidores e clientes com foco em resultados, mente aberta na busca por soluções e agilidade na tomada de decisões, sem descuidar de nossa gente”. A cultura organizacional está intimamente conectada a visão da empresa: “O escritório foi pensado em tornar o ambiente mais agradável, assim fazemos com que as pessoas sintam esse novo momento, que chamamos de Perfomance com Propósito”, comentou o vice-presidente de Recursos Humanos da Pepsico.
Pesquisas sobre os chamados “cérebros vivos” vem acumulando novas informações a respeito do desempenho do comportamento e dos pensamentos do cérebro humano. Para Luciano Mello, a aplicação da neurociência na empresa através de treinamentos, evidencia a responsabilidade direta do líder no desenvolvimento individual do colaborador e entende as suas principais dificuldades: “Treinamentos com aplicação da neurociência desenvolvem afetos e geram crescimento mútuo”, completou Luciano.
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