26/8/2021 –
Modelo de atendimento já responde por mais de 2,8 milhões de consultas na rede privada
Em todo o mundo, estima-se que o volume de consultas feitas via telemedicina em 2021 deve alcançar mais de 400 milhões de atendimentos, segundo a pesquisa “Previsões em Tecnologia, Mídia e Telecomunicação“, da Deloitte, algo cinco vezes maior do que 2019. O mesmo movimento de crescimento pode ser observado no Brasil. De acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) entre abril de 2020 e abril de 2021 foram contabilizadas mais de 2,8 milhões de teleconsultas na saúde suplementar brasileira, com um índice de resolução de 90% dos casos. Antes da pandemia, a consulta remota não era regulamentada no Brasil, apenas a chamada teleorientação médica. Em abril de 2020, uma lei emergencial autorizou as consultas virtuais enquanto durar a crise do coronavírus. Desde então o método tem ganhado a adesão de cada vez mais pacientes.
No Brasil, uma das empresas pioneiras na oferta desse tipo de serviço é a operadora de saúde Amil, que estendeu o acesso à telessaúde aos seus 3,4 milhões de beneficiários assim que autorizada a ampliação de atendimento. Desde então, o plano de saúde já realizou mais de 1,5 milhão de atendimentos virtuais de urgência e teleconsulta com hora marcada. Só no mês de junho foram realizadas 80 mil consultas agendadas e 60 mil atendimentos no Pronto-atendimento virtual da Amil. Hoje, a cada cinco consultas realizadas na rede própria da operadora, uma é por telessaúde.
Em uma pesquisa realizada pela Amil com mais de 64 mil usuários de telessaúde, 67,5% deles, ou seja, mais de 43 mil beneficiários, disseram que se não tivessem acesso à telessaúde teriam procurado por um pronto-socorro, aumentando o risco de contágio pela COVID-19, além da exposição a outras enfermidades. “Em média 70% das pessoas que pretendiam ir ao pronto-socorro nos últimos meses tiveram seus problemas resolvidos no pronto atendimento virtual. Ou seja, todas essas pessoas deixaram de ir até o hospital para receber as orientações que tiveram por meio do contato virtual com enfermeiros, psicólogos ou médicos”, explica Fernando Pedro, diretor executivo de Gestão de Valor em Saúde da Amil.
Com a consolidação do modelo, o futuro da telessaúde no país está em pauta, já que a regulamentação da telemedicina no país após o fim da pandemia ficará por conta do Conselho Federal de Medicina (CMF). No início deste mês, a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados promoveu uma audiência pública para discutir a regulamentação da prática da telemedicina. Na avaliação da Amil, esse modelo de atendimento deverá permanecer mesmo no pós-pandemia, devido à sua possibilidade de ajudar a direcionar o paciente no sistema de saúde, acompanhar doentes crônicos de forma mais próxima e propor intervenções clínicas em tempo oportuno.
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