São Paulo, SP 23/8/2021 – O trabalho híbrido surge como uma alternativa para aproveitar os ganhos do home office e promover a troca de experiências que acontecia no escritório.
Cerca de 90% das empresas planejam adotar o modelo híbrido de trabalho, de acordo com um estudo conduzido pela consultoria McKinsey.
Nesta última quinta-feira (19), o número total de doses aplicadas da vacina contra a Covid-19 no Brasil superou 178 milhões: cerca de 59% da população brasileira já receberam ao menos uma dose da vacina e 25% dos habitantes encontram-se totalmente imunizados, segundo o site Our World in Data. O Brasil apresentou ainda a menor média móvel de óbitos por Covid-19 desde janeiro de 2021: de acordo com o mesmo site, no dia 21 de agosto, a média móvel de óbitos dos últimos 7 dias foi igual a 774, uma queda de 15% quando comparada com a média de 14 dias atrás (e de cerca de 75% quando comparada à média alcançada no pico da pandemia, em 1º de abril).
A aceleração da vacinação no Brasil (que já atingiu uma taxa de vacinados em 1ª dose muito próxima a dos Estados Unidos) e a queda do número de casos e óbitos por Covid-19 levaram muitas empresas a antecipar o plano de retorno aos escritórios ainda para 2021, em um formato conhecido como trabalho híbrido, que consiste na combinação entre o trabalho presencial no escritório e o trabalho em casa durante parte da semana. De acordo com o estudo “O Que Os Executivos Dizem Sobre O Futuro Do Trabalho Híbrido”, conduzido pela consultoria McKinsey em maio deste ano, cerca de 90% das empresas planejam adotar o modelo híbrido de trabalho.
A opção pelo trabalho híbrido ocorre mesmo entre empresas que não tiveram nenhum impacto ou ainda perceberam um aumento de produtividade com a adoção integral do home office durante a quarentena. Segundo pesquisa da empresa de videoconferência Zoom realizada em abril com mais de mil brasileiros, 53% mostraram-se preocupados com a falta de conexão entre as pessoas durante o home office. Assim, o trabalho híbrido surge como uma alternativa para aproveitar os ganhos do home office e, ao mesmo tempo, promover a integração e troca de experiências que aconteciam no ambiente do escritório.
Mas a adoção desse formato exigirá adaptações nas empresas. Com o trabalho remoto, muitas empresas devolveram parte dos escritórios. Outras, por sua vez, já possuíam escritórios lotados, que precisarão sofrer mudanças com a necessidade de maior distanciamento entre as pessoas. Há ainda preocupações por parte de algumas empresas com relação a saber quem já foi vacinado.
Algumas startups perceberam essa tendência e lançaram soluções para ajudar na implementação do trabalho híbrido. A norte-americana Envoy oferece uma aplicação para o controle e agendamento de lugares e salas nos escritórios: a mesa de trabalho, antes ocupada apenas por um único funcionário, passa a ser compartilhada por qualquer um, desde que previamente agendada. Segundo números publicados pela companhia, o número de agendamentos de lugares por meio do seu app nos EUA atingiu 113.000, um aumento de 95% entre abril e maio.
No Brasil, a startup Posher também possui uma aplicativo para agendamento de lugares, salas e vagas de estacionamento. Segundo a empresa, a próxima versão incluirá o controle da ocupação dos restaurantes corporativos e dos ônibus fretados e o controle das pessoas vacinadas. Julio Hirose, cofundador da Posher, esclarece que a grande vantagem do aplicativo nacional é que não se trata apenas de um software de agendamento de lugares, mas de uma plataforma completa que oferece também serviços de bem-estar para os colaboradores no escritório ou em casa (é possível, por exemplo, agendar uma massagem na empresa ou fazer meditação online), tornando assim a volta ao escritório menos traumática, após meses de quarentena.
Website: //www.posherapp.com