Gil Teles, o Falcão de “As aventuras de Poliana” do SBT, fala sobre carreira e nova fase da trama

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    O ator, cantor e músico Gil Teles, que está aproveitando a parada das gravações do SBT, provocadas pela COVID-19, para a criação de conteúdos, conversar com fãs, e fazer parcerias com vários artistas nacionais bateu um papo com o portal Virou pauta e falou sobre seus trabalhos em andamento e também sobre os que foram interrompidos pelo COVID-19.

    “No momento, estou em cartaz aos finais de semana com a comédia Cada um tem o anjo que merece, no Teatro Ruth Escobar, onde interpreto o Osvaldo. Um texto incrível do Pedro Fabrini, que também atua como o anjo ao lado da nossa parceira maravilhosa, Carla Pagani, que completa o elenco. A peça tem a direção experiente da Maximiliana Reis, e uma super produção da US Saide e Val Archanjo Produções. No momento estamos aguardando passar o período da quarentena COVID-19 para retornar aos palcos”.

    Gil ainda reflete sobre como assimilou o período de confinamento:“A humanidade precisava desse tempo. Para mim, tudo isso que está acontecendo é por um bem maior, para olharmos de verdade uns para os outros, ter empatia, união. O nosso planeta nunca esteve tão calmo. Precisávamos desse descanso e quem souber entender e aproveitar essa pequena e importante “pausa”, para se organizar internamente, sairá mais vivo que nunca. Coisas precisam ser perdidas para que outras apareçam. Perdemos financeiramente e ganhamos novos valores. Enquanto isso, uso meu tempo pra aprender.”

    Carreira

    Gil Teles, aos 33 anos, construiu uma carreira sólida. Ator e músico de harmonia, instrumentista e compositor, é um artista com multitalentos. Estudou com profissionais renomados no mercado, pelo Studio Fátima Toledo/SP; estudou também com Andréa Avancini e Juliano Nandi/RJ, participou do Projeto “Biarte” com Bia Oliveira/RJ, Sapateado Básico na Timely Escola Musical, Coach de carreira com Priscila Lobo e, além disso, é formado em Artes Cênicas pelo CCPAC – Centro de Capacitação Profissional em Artes Cênicas, no Rio de Janeiro.

    Gil Teles reconhece que o estudo é a base e a preparação para tudo: ”Por mais talento que a pessoa possua, ela precisa se estruturar com técnicas. Estudar no CCPAC, e me formar lá, me tornou uma pessoa disciplinada e me ajudou a entender a história da nossa arte. Para saber para onde vai, precisamos saber de onde vem”.

    Falando sobre novos projetos, o artista no momento está em fase de preparação do seu novo show solo como comediante, no qual assina o texto, e que tem direção e produção de Mari Feil. Com os ensaios interrompidos, a equipe segue trabalhando de forma virtual na preparação de texto, com previsão de estreia no segundo semestre. Além disso, o artista segue buscando e estudando novos trabalhos na TV e cinema.

    O ator, conhecido pela simpatia e carisma, diz que tem muito a agradecer a todos que contribuíram com a sua carreira, em especial aos fãs. “Muito obrigado!”.

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    Confira o bate papo com Gil:

    Gil, o que levou você a seguir a carreira de ator?

    R- Eu sempre gostei de mexer com as pessoas, fazendo arte. Me fascina o poder de transformação do estado de espírito e da influência que a arte tem na vida do ser humano.

    Como você teve certeza que seguiria a profissão de ator?

    R- Eu já tive várias profissões ao longo da vida. Quando me mudei de MG pro Rio de Janeiro e comecei a estudar Artes Cênicas. Foi ali que a arte me pegou mais forte e profundo e pude entender ainda mais o sentido que a mesma faz em minha vida. Acho que vocação e paixão pelo ofício de ator.

    //www.instagram.com/p/B9hFtlCn5B-/

    Fala um pouco sobre sua carreira da sua trajetória?

    R- Minha trajetória na arte começou bem cedo. Aos 15 anos eu já estava nos palcos de Belo Horizonte, minha cidade natal, apresentando espetáculos com uma Cia de teatro formada por amigos. Chegou um momento que percebi, se quisesse me profissionalizar eu teria que buscar mudanças na minha vida. Resolvi morar no RJ, para estudar Artes Cênicas pelo CCPAC – Centro de Capacitação Profissional em Artes Cênicas, e outros cursos na de TV e Teatro para aprimorar meus conhecimentos. Fiz diversas participações na Rede Globo, cheguei a fazer um Filme Longa “EAS”, curtas-metragens, algumas peças de teatro. Sempre busquei focar nos objetivos. Então, em seguida, me mudei pra São Paulo, onde trabalhei em algumas produtoras e apresentei uma quantidade bem interessante de espetáculos em teatros renomados, como Teatro Itália, Teatro Augusta, Cacilda Becker, entre outros. Peças musicais, infantis, adultos, comédias, teatro empresa, escola, mais participação na TV Record.  Em 2018, fui aprovado no teste pra “Aventuras de Poliana”, novela do SBT, interpretando o bandido Falcão que, sem dúvidas, está sendo um trampolim maravilhoso para a visibilidade do meu trabalho, estou lá até hoje.

    Também sou cantor, compositor e músico instrumentista cavaquinista e toco outros tipos de instrumentos. Foi um período maravilhoso da minha vida. O Samba e pagode fazem parte da minha vida. Já participei de 3 grupos de pagode: “Só Art”, “Sorriso Aberto” e por último o “Grupo Aconxego”. Fiz muitas amizades que trago comigo até hoje. Adoro samba, pagode, a energia do carnaval – que é essa grande festa em céu aberto.

    Você é uma pessoa bastante versátil, canta, dança, atua em TV, cinema e teatro? Como você faz para conciliar os trabalhos?

    R- Na nossa profissão, assim como várias outras, temos um mercado muito competitivo. Precisamos nos especializar com o maior número de habilidades possíveis para conseguir um certo destaque.  No entanto procurei aprender tudo que pude e ainda sigo me aprimorando cada vez mais.

    Estar na novela permite, através de seu personagem Falcão, falar de temas consideráveis para a sociedade?

    R- Com certeza! Falar sobre a criminalidade e mostrar quais são as consequências para quem participa disso é fundamental para as pessoas entenderem que o crime nunca compensa. Principalmente educar o nosso público que é, na sua maioria, infantil.

    Depois de interpretar tantos personagens diferentes, o que o Falcão traz de novo ou desafiador para você?

    R- Eu sempre dizia que adoraria fazer um violão em rede nacional. O Falcão é bem diferente do Gil. Então, a maior dificuldade pra mim é fazer um bandido sem que se torne um personagem caricato. Já conhecia um pouco sobre a realidade dentro de uma comunidade, frequentei várias desde criança. Acredito que isso me ajudou bastante.

    Em tempos de quarentena, como você assimilou esse confinamento?

    R- A humanidade precisava desse tempo. Pra mim tudo isso está acontecendo por um bem maior, para olharmos de verdade uns para os outros, teremos empatia, união. A terra nunca esteve tão calma. Precisávamos desse descanso e quem souber entender e aproveitar essa pequena e importante “pausa”, pra se organizar internamente, saíra mais vivo que nunca. Coisas precisam ser perdidas para que outras apareçam. Perdemos financeiramente e ganhamos novos valores. Enquanto isso, uso meu tempo pra aprender.

    E para os artistas como está sendo a paralisação das suas gravações, espetáculos e produções?

    R- Nada fácil. Dependemos muito do fluxo e do convívio social para que nossa arte possa fluir. Mas também vejo o lado bom. Estamos nos reinventando. Nunca houve tanta necessidade disso. Nos tira da zona de conforto e ao mesmo tempo atrai a atenção do mundo inteiro pra arte, pois nunca foi tão necessário e ninguém pode negar. O que já foi produzido está sendo consumido de forma abundante como forma de interação e cultura. Temos que saber reconhecer isso para que possam valorizar mais a nossa tão amada arte.

    Você estava em cartaz com algum espetáculo?

    R- Sim. No momento estou em cartaz com a comédia “Cada um tem o anjo que merece”, no Teatro Ruth Escobar, aos fins de semana, interpretando o Osvaldo. Um texto incrível do Pedro Fabrini, que também atua como o anjo ao lado da nossa parceira maravilhosa, Carla Pagani que completa o elenco. A peça tem a direção experiente da Maximiliana Reis, e uma superprodução da US Saide e Val Archanjo Produções. Outro projeto também foi interrompido, entraria com uma nova temporada que é o espetáculo “Amores Glaciais”, com texto de Maurício Witczak e direção de Franciely Comunello, e atuo junto com a Jussara Moreira, no elenco e produção.

    No momento estamos aguardando passar o período da quarentena COVID-19, para retornar aos palcos.

    O que você espera após quarentena?

    R- Que as pessoas mudem. Que o mundo mude. Que os valores sejam outros. E que possamos dar mais importância ao nosso tempo. Além disso, seguir com os projetos que estão em andamento. No momento estamos aguardando passar o período da quarentena COVID-19, para retornar aos palcos.

    E o final desta temporada de Poliana, você estará na nova? tem alguma novidade?

    Sobre o final da primeira temporada o que posso adiantar é que o Falcão terá um final bem marcante e deixando suspense se continua ou não na segunda fase de As “Aventuras de Poliana”.

    O que você acha das políticas públicas culturais hoje no Brasil?

    R- Bem, uma vez que se é extinto o Ministério da Cultura de um país, já mostra que os governantes não se importam com a cultura do seu povo. Estamos em luta constante contra um sistema que ainda enxerga a classe artística como vagabundos. Lamentável! Trabalhamos com desenvolvimento humano. A cultura é mais que essencial e precisa ser melhor valorizada.

    Você cuida do seu corpo da sua alimentação? O que você acha dos excessos de cuidados com beleza? Já fez alguma cirurgia? Você é uma pessoavaidosa?

    R- Não sou neurótico. Cuido do meu corpo, me alimento bem e prático exercícios físicos.
    Meu corpo é meu instrumento de trabalho, no entanto, preciso que ele esteja em ordem e saudável. A única cirurgia plástica que já fiz foi retirar uma pequena verruga que tinha na nuca. E sim, me considero vaidoso, rs.

    O humor é um traço presente em na sua carreira? Ou você prefere papeis mais dramáticos?

    R- Eu amo a comédia e tenho paixão pelo drama.
    Mas na vida sou mais cômico e procuro levar tudo com bom humor.
    No entanto, o humor é um traço mais que presente em minha carreira.

    Como você acha que está o mercado do artista hoje?

    R- O mercado sempre foi competitivo e fechado. É difícil conseguir um espaço e quando acontece você tem que aproveitar ao máximo e tentar abrir novas portas e criar raiz e fazer contatos importantes. Com tantos aplicativos, plataformas na internet, canais particulares, perfis, etc, todo mundo é “ator”, todo mundo cria seu próprio conteúdo e joga na rede. Ficou mais fácil de ser notado por grandes emissoras e produtoras. Nós atores, que viemos do modo antigo, no caso antes dessa tecnologia toda, temos que tomar cuidado, é necessário se atualizar para não sermos atropelados por essa avalanche de conteúdos.

    É questão de sorte, e basta ter talento?

    R- Nunca é apenas sorte. A sorte é o menor dos fatores que ajudam um ator.
     Ele pode estar no dia certo e na hora certa, mas se ele não estiver preparado a sorte não adiantou de nada. É trabalho. (risos)

    //www.instagram.com/p/B-fAbMDHFTD/

    Ping-pong:

    Uma mania: Bater o dente no copo quando vai beber algo.

    O que mais admira: Lealdade

    O que não suporta: Mentira

    Um ídolo: Meus pais

    Uma saudade: Meu Pai

    A melhor viagem: Salvador BA

    Um lugar: Minas Gerais

    O sucesso: É passageiro. A arte não.

    Uma palavra: Transformação

    Uma frase: “O que se leva dessa vida, é a vida que se leva”.

    Um sonho: Uma vacina pro câncer

    Cliquer aqui e veja um pouco do trabalho de Gil Teles

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