15/12/2022 – As alterações podem permitir que as edificações se tornem mais versáteis para a sua utilização e, deste modo, acabam por gerar maior atratividade
Armando Dagre Magri, sócio-diretor da Tallento Obras Rápidas, explica o que é retrofit, quando pode ser empregado e porque a modalidade pode gerar economia e investimento
Técnica de revitalização de construções antigas, o retrofit tem ganhado espaço no Brasil e conquistado mercados imobiliários como o do Rio de Janeiro (RJ), onde a modalidade vem sendo empregada no histórico Hotel Glória, que está sendo transformado em um residencial com 266 apartamentos de metragens e quatro lojas no térreo.
Inaugurado em 1922, o Hotel Glória foi o primeiro cinco estrelas do país e encerrou as atividades em 2013. O empreendimento receberá o investimento de R$ 250 milhões de retrofit e visa preservar e recuperar a fachada. As obras têm previsão de entrega para 2026.
Para Armando Dagre Magri, sócio-diretor da Tallento Obras Rápidas, o retrofit de edificações tem ganhado destaque por promover economias operacionais e aumento de investimentos mobiliários – tanto na valorização do imóvel como na rentabilidade em locação de espaços corporativos, logísticos e outros.
Ele conta que os edifícios em operação mais antigos costumam estar localizados em áreas de infraestrutura consolidada, com utilidades e aparelhos urbanos bem servidos. “Apesar disso, tais edificações, em sua maioria, foram concebidas e executadas sem conceitos modernos de desempenho”, pontua. “Com isso, esses edifícios não preveem redução do consumo de energia e tecnologias de melhoria de desempenho térmico ou acústico, entre outros aspectos e tecnologias desenvolvidas nas últimas décadas”.
Assim, prossegue, é natural que essas edificações bem localizadas sejam atualizadas por meio de retrofit para incorporar as atuais tecnologias de conservação de energia e de melhorias de desempenho em prol dos usuários, o que pode facilitar a decisão de investimento dos investidores neste tipo de negócio.
Retrofit: o que é e quando pode ser empregado?
Magri explica que as obras de retrofit são executadas para alterar a arquitetura da edificação, envolvendo também, em muitos casos, a troca das fachadas, a modernização do sistema de transporte vertical (elevadores), dos sistemas de ar-condicionado e exaustão com foco em melhoria de desempenho com a redução dos custos de consumo.
“Os prédios são escolhidos em função de sua localização e de seu potencial em ser atualizado. Outros aspectos a serem considerados e que facilitam a decisão quanto a ação de reforma está relacionada com o pé-direito, pois a existência de espaço físico facilita a execução das novas instalações”, afirma.
Além disso, prossegue, também é considerada a posição de pilares e vigas, pois isso pode facilitar a criação de novos layouts de arquiteturas e usos, bem como as geometrias dos térreos, dos acessos e das vagas que podem facilitar, ou não, o uso relacionado à nova operação da edificação.
Por que a modalidade pode gerar economia e investimento?
De acordo com o sócio-diretor da Tallento Obras Rápidas, as obras de retrofit podem trazer economias operacionais e aumento de investimentos mobiliários. “As economias geradas estão relacionadas com os efeitos decorrentes das alterações técnicas, como das fachadas, em benefício da redução do consumo de energia como ar-condicionado, exaustão ou cortinas automatizadas”.
Além disso, acrescenta, a economia é uma consequência da troca de equipamentos de sistemas de iluminação, bombas, elevadores que passam a utilizar sistemas modernos com melhor desempenho e com redução de consumo de energia.
“As alterações podem permitir que as edificações se tornem mais versáteis para a sua utilização e, deste modo, acabam por gerar maior atratividade para os locatários e para os investidores atentos a este tipo de oportunidade”, conclui.
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