Pesquisa aponta falta de diversidade em startups brasileiras

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    São Paulo 24/5/2022 – É preciso colocar isso em prática, adotar de fato a inclusão como um dos pilares do negócio, promover ações concretas com resultados que apresentem crescimento

    Produzido pela ABStartups, levantamento revelou que 60% dos entrevistados afirmaram não possuir processo seletivo voltado para a inclusão de grupos minoritários

    A pesquisa que trata da diversidade nas startups brasileiras “Mapeamento do Ecossistema Brasileiro de Startups”, produzida pela ABStartups, entrevistou 2,5 mil startups entre agosto e setembro do ano passado. 

    O levantamento aponta que quase 97% das empresas ouvidas disseram apoiar a diversidade, o que é muito bom. Porém, o discurso não se reflete na prática. Afinal, mais de 60% dos entrevistados afirmaram não possuir processo seletivo voltado para a inclusão de grupos minoritários, 90,3% não contrataram pessoas com deficiência, 90% não possuem transsexuais entre seus colaboradores, 31,2% declaram não ter nenhum funcionário preto ou pardo, quase 20% afirmam não ter funcionárias mulheres e 62,3% não incluem idosos em seus quadros.

    Para a cofundadora da Finplace, Patricia Rechtman, não basta o setor de startups se dizer a favor da diversidade. “É preciso colocar isso em prática, adotar de fato a inclusão como um dos pilares do negócio, promover ações concretas com resultados que apresentem crescimento representativo na inclusão”, afirma Rechtman.

    Quando o assunto é a participação feminina na liderança deste gênero de empresa, o cenário é igualmente preocupante. Segundo pesquisa feita com 154 startups brasileiras pela BVA Advogados, em parceria com empresas como AWS e Domo Invest, apenas 6% das empresas entrevistadas têm mulheres entre os sócios.

    Os números são ainda piores nas empresas que operam no setor financeiro, onde atua Rechtman. “Precisamos para ontem de programas exclusivamente dedicados a contratações de minorias, implementar a cultura de diversidade em seus mais variados aspectos, trabalhando desde a questão comportamental de todos os colaboradores até tornar os ambientes aptos a receberem pessoas diversas”, enfatizou a cofundadora da Finplace.

    Um exemplo de ações dentro de uma perspectiva urgente como essa é abrir mão de algumas exigências mais técnicas e focar o olhar para potenciais comportamentos, como se faz em contratações com foco em soft skills. Tendo em conta que é indiscutível as benesses de uma equipe formada por indivíduos com diferentes visões, a fim de promover melhores resultados para o negócio.

    Website: //www.finplace.com.br/

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