Dificuldades de empresas com o home office e necessidade de reduzir custos impulsionam terceirização no país

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    São Paulo, SP 26/8/2021 –

    Dados do Grupo IRKO, há quase 65 anos no mercado, indicam alta de 35% na procura pelo serviço nas áreas contábil, fiscal, e trabalhista em 2020; crescimento se mantém neste ano

    Quando se fala em terceirização de serviços no país, é comum que o debate se concentre nos segmentos de limpeza, segurança ou entregas. Embora essas sejam as atividades mais associadas à prática, elas estão longe de ser as únicas. No mercado nacional, também é possível contratar o serviço nas áreas contábil, fiscal, financeira e trabalhista, por exemplo.

    E os desafios impostos pela pandemia às empresas tornaram o Business Process Outsourcing (BPO), como é conhecido o processo, mais atraente para muitas delas. De acordo com dados do Grupo IRKO, boutique contábil há mais de 60 anos no mercado, a procura por esses serviços cresceu 35% em 2020. E, neste ano, a expansão se mantém.

    “Tivemos um período de paralisação no início da crise sanitária, entre março e maio, quando as companhias pararam para analisar a mudança de cenário. A partir daí, porém, os números voltaram a subir, e pudemos fechar o ano com bom crescimento”, afirma Flávio Luque Bastos, sócio da IRKO. “E com base no que temos visto neste ano, 2021 será ainda melhor.”

    Segundo Bastos, o aumento na demanda pelo BPO ocorreu em razão das dificuldades de migração para o home office, especialmente naquelas que são atividades-meio da empresa – ou seja, que não têm relação direta com seu núcleo de geração de valor. Por isso, diz o executivo, o serviço mais procurado pelos clientes foi a terceirização de folha de pagamento, além da melhoria dos sistemas instalados das empresas para gerenciar suas operações.

    O BPO consiste na transferência da execução dos serviços a uma empresa especializada, que detém a infraestrutura, o know-how e os colaboradores necessários para isso. Ela permite que os empresários mantenham seu foco nas atividades principais da companhia, além de proporcionar a redução e a previsibilidade de custos.

    Esse segundo fator, aliás, é outra razão pela qual cresceu a busca pela terceirização no país: a necessidade de diminuição de custos diante de um cenário macroeconômico mais complexo.

    Entre as despesas que podem ser reduzidas pelo BP estão os gastos com espaços nos escritórios ou infraestrutura para os modelos atuais de home office; com o sistema de TI; com despesas trabalhistas; ou com o treinamento dos profissionais dadas as alterações legislativas constantes no país – em especial na área tributária.

    “A crescente complexidade do sistema tributário brasileiro e a necessidade de atualização tanto dos softwares de gestão quanto das equipes próprias também ajudam a alavancar a procura pela terceirização”, afirma Bastos.

    Terceirizar esses serviços permite ainda uma gestão mais qualificada dessas áreas, feita por profissionais externos capacitados especificamente para esta atuação (e atualizados constantemente). Ao contratar uma companhia especializada, ganha-se não apenas o conhecimento técnico, mas uma estrutura integrada, que garante um trabalho feito com agilidade. Além disso, o BPO minimiza erros e rupturas nos processos, evitando autos de infração significativos – considerando o período prescricional de no mínimo cinco anos, de acordo com a legislação vigente.

    “Por todas essas razões, o BPO é um recurso extra para que gestores e empresários sejam bem-sucedidos em um ambiente de negócios cada vez mais complexo e competitivo, voltando seu foco exclusivamente para o core business da companhia”, diz Eduardo Luque, também sócio da IRKO.

    Atualmente, o índice de terceirização desses serviços no Brasil ainda é baixo. Segundo a ABRAPSA, a associação que reúne as empresas do setor, a estimativa é que ele não atinja nem os 20% – o que significa que há bastante espaço para o crescimento do segmento nos próximos anos.

    Segundo os dados da IRKO, a procura pelo BPO cresceu tanto entre empresas nacionais quanto entre multinacionais interessadas em iniciar suas operações no país – e principalmente nos setores de tecnologia, saúde e gestão de ativos.
    “Também temos visto neste início de 2021 a retomada de muitos projetos que tiveram de ser paralisados em 2020, o que aumenta a nossa expectativa de um ano ainda melhor para o BPO no país”, afirma Flávio Luque Bastos.

    Website: //site.irko.com.br/

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