São Paulo, SP 21/7/2022 –
Mulheres representam apenas 35% dos estudantes matriculados em ciência, tecnologia, engenharia e matemática
Mesmo que a sociedade esteja avançando no quesito diversidade, nas carreiras da ciência, tecnologia, engenharia e matemática (Stem – sigla em inglês) as mulheres ainda são minoria. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), globalmente, elas representam apenas 35% dos estudantes matriculados nesses segmentos. Em tecnologia e nas engenharias de produção, civil e industrial, o percentual é ainda menor, chegando a 28% do total.
“O pressuposto de que as mulheres não têm o perfil para esse tipo de profissão na mesma proporção que os homens ainda é bastante difundido. Para impulsionar a representatividade de mulheres em carreiras Stem, é necessário quebrar esse estereótipo”, afirma Kenia Paim, diretora de vendas da unidade Secure Power da Schneider Electric.
Segundo ela, uma forma de as empresas colaborarem ativamente com isso é, primeiro, proporcionar ambientes seguros. Trabalhar em ações, culturas e valores corporativos que garantam acolhimento para as mulheres que estão começando na área e um espaço aberto para novas ideias para aquelas que estão se consolidando na profissão. Além disso, uma equipe diversa para que todos possam se sentir confortáveis em fazer um plano de carreira e em se dedicar aos negócios.
Ainda sobre as equipes, Kenia considera que outro ponto fundamental é conceder oportunidades, principalmente, na liderança. Ela explica que, fazer com que as mulheres se sintam representadas em diferentes áreas – como pesquisa, desenvolvimento, gestão e tecnologia – incentiva que outras também tenham a coragem de explorar novos mercados e desafios.
Na área de tecnologia, essa questão parece estar ganhando fôlego. Conforme aponta o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a participação feminina em Stem cresceu 60% nos últimos cincos anos, passando de 27,9 mil mulheres para 44,5 mil em 2020.
Considerando a América Latina como um todo, segundo a consultoria KPMG em parceria com a Harvey Nash, as mulheres ocupam 16% dos cargos seniores de tecnologia, superando o Reino Unido, que tem apenas 4%.
“Para as companhias, não basta apenas falar sobre diversidade e igualdade de gênero sem mostrar na prática que é possível dar certo. É preciso gerar oportunidades na contratação, no reconhecimento e na construção de uma carreira sólida e de sucesso. Estabelecer políticas sólidas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) e, dessa forma, criar um ambiente corporativo mais flexível e com mais facilidades para que diferenças de gênero, cor, etnia e outras não sejam um desafio”, diz Kenia Paim.
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