São Paulo 17/8/2021 – O desenvolvimento da criança é afetado por diferentes fatores, como questões orgânica, social e cultural, os quais se manifestam a partir da família.
Uma pesquisa realizada em 2017 na FEA USP (Faculdade de Administração da Universidade de São Paulo) apontou a transformação no papel do pai que deixa de ser apenas o provedor financeiro e se torna uma referência aos filhos.
Uma pesquisa americana apontou que a paternidade é um ótimo negócio para a carreira. As empresas valorizam profissionais que possuem filhos por perceberem maior dedicação, comprometimento e responsabilidade na atuação. A pesquisa foi realizada pelo Boston College Center for Work and Family, nos Estados Unidos. A ideia do pai que prioriza o trabalho e está ocupado demais para participar da criação dos filhos está cada vez mais ultrapassada. As mudanças dos últimos anos trouxeram conscientização sobre a importância de orientação no desenvolvimento das crianças. Existem diversos projetos governamentais espalhados pelo mundo, voltados a orientar profissionais na criação e interação com as crianças que serão os profissionais do futuro.
Segundo A UNICEF desenvolver a paternidade significa manter uma relação entre pai e filho(a), que vá além do sustento financeiro, participando dos cuidados diários, da educação e do estímulo que promove um vínculo afetivo e emocional com consequências importantes. Uma pesquisa realizada em 2017 na FEA USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo) apontou a transformação no papel do pai que deixa de ser apenas o provedor financeiro e se torna uma referência aos filhos. A pesquisa foi feita com base nas respostas de 113 homens, pais e profissionais casados, em sua maioria da cidade de São Paulo, a um questionário online. O público da pesquisa tem uma média de 41 anos, renda familiar mensal aproximada de 15 mil reais, 16 anos de carreira, com 1 a 2 filhos.
De acordo com a pesquisa, é possível fazer um recorte nas mudanças nas relações de gênero que vêm ocorrendo na sociedade. Conforme mais mães adentram o mercado de trabalho, maior é o envolvimento do pai nos cuidados com os filhos. Um dado apontado na pesquisa é que 69,9% dos entrevistados consideram ficar em casa fixamente cuidando dos filhos. O pai não é mais o único provedor e, por isso, passa a desempenhar outros papéis nas relações familiares. A pesquisa também mostrou que profissionais que tiveram filhos afirmam ter uma melhoria na estabilidade emocional e psicológica, aumento de foco, determinação e ganho nas habilidades de se relacionar socialmente, flexibilidade e tolerância em situações de conflito. Outro apontamento importante está na questão salarial, quanto mais alto o cargo ocupado e maior o capital familiar mais satisfeito com a carreira e maior participação do pai na vida dos filhos.
A Diretora de Carreira da Success People — empresa de desenvolvimento pessoal e gestão de carreira— Neiva Gonçalves, afirma que esta mudança trouxe inúmeros benefícios aos filhos, entre os principais efeitos estão o melhor desempenho escolar das crianças e maior segurança, e autoestima, além do bem-estar psicológico: “O desenvolvimento da criança e do adolescente é afetado por diferentes fatores, como questões orgânica, social e cultural, os quais se manifestam a partir da família, escola e comunidade. Nesse sentido, os pais são uma importante variável de fundamental importância, pois eles são o primeiro contexto socializador da criança e sua principal referência em relação ao mundo”.
Os homens estão engatinhando no aprendizado da dupla jornada, mas é evidente a transformação cultural nos mais jovens, que não abrem mão da atuação diária na vida dos filhos. Em uma outra pesquisa realizada pelo instituto Families and Work Institute, de Nova York, 59% dos pais relataram dificuldade em conciliar a vida pessoal com a profissional, contra 45% das mães. No levantamento os entrevistados demonstraram dificuldades para explicar à empresa por que eles levariam o filho doente ao médico, por exemplo.
O mercado de trabalho brasileiro ainda opera nessa lógica patriarcal, mas a mudança acontece no dia a dia dos profissionais. É notória a mudança positiva na forma como são vistos por colegas de trabalho após a chegada do primeiro filho, a mudança também aparece em algumas corporações que concedem mais oportunidades aos profissionais que são pais apostando em uma maior dedicação e empenho deles.
Luciano Mello, presidente da Success People comenta que embora a maioria dos homens sinta-se pressionados com a competitividade no mercado e a instabilidade, muitos profissionais estão insatisfeitos com as jornadas longas de trabalho e a difícil gestão do tempo, sentindo falta de obter mais tempo com os filhos: “A tecnologia facilitou demandas e reduziu as burocracias, por outro lado, trouxe uma enorme pressão pelos resultados. O homem moderno está diante de uma aceleração com o compromisso de se atualizar e correr atrás do prejuízo, ou está fadado a perder o emprego. Será mais do que necessário o engajamento na organização de tarefas e na busca pelo equilíbrio ou a corrida desenfreada trará consequências que prejudicam o desenvolvimento pessoal e organizacional. Ajuste de projetos pessoais como a criação dos filhos intervém diretamente no modelo de mundo que estamos criando diante aos profissionais do futuro”.
Neiva Gonçalves aponta os benefícios de um pai e profissional multitarefa: “É perceptível em um executivo pai e profissional multitarefa, a capacidade pluridisciplinar. Os homens modernos conseguem participar ativamente da criação dos filhos e aplicarem as novas aptidões à sua vida profissional. Nestes executivos observamos características como maior empatia, sensibilidade às necessidades dos clientes, e criatividade. São maiores as habilidades de trabalho em equipe e de liderança. Ser pai é sem dúvida um salto qualitativo nas competências e se bem gerido um potencial para crescimento pessoal e profissional”.
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