São Paulo – SP 19/4/2021 – A Mata Atlântica ocupa 8% (1.422.742 km²) da América do Sul. Sendo que 92% está no Brasil, 6% no Paraguai e 2% na Argentina.
O Brasil com sua enorme riqueza natural tem tudo para ser protagonista mundial na proteção da biodiversidade.
Pesquisadores do Brasil, Argentina e Paraguai produziram a série de mapas anuais de cobertura e uso da terra mais completa já elaborada para a Mata Atlântica. A coleção foi lançada pela MapBiomas. “Eles concluíram que o bioma teve perda líquida de vegetação nativa de 5% em 20 anos. Entre 2000 e 2019, essa área diminuiu de 554.632 km² para 527.492 km²”, relata Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).
A Mata Atlântica ocupa 8% (1.422.742 km²) da América do Sul. Sendo que 92% está no Brasil (1.309.579,72 km²), 6% no Paraguai (86.071,62 km²) e 2% na Argentina (27.090,57 km²).
Proprietários rurais que atuam na região da Mata Atlântica, entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, estão contando com apoio técnico e suporte para restauração florestal em suas propriedades. Trata-se do programa Raízes do Mogi Guaçu, uma cooperação de quatro anos firmada entre a International Paper e o WWF-Brasil que visa superar os conhecidos obstáculos, como a falta de apoio técnico à restauração com espécies nativas.
“A execução é feita pela Associação Ambientalista Copaíba e IFEAC, empresa júnior do Instituto Federal Sul de Minas – Núcleo Inconfidentes, referência em restauração ecológica”, salienta Vininha F. Carvalho.
Edegar de Oliveira, diretor de conservação e restauração do WWF-Brasil, afirma que o projeto aponta para a importância da colaboração entre iniciativa privada, produtores, institutos de pesquisa e sociedade civil para resgatar serviços ecossistêmicos fundamentais.
O aspecto importante deste projeto é o fato de ser executado com mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, produzidas a partir da coleta de sementes de árvores da própria região, o que assegura inúmeros ganhos, como viabilidade genética, facilidade de adaptação das espécies, contribuindo com a perpetuação da flora local, aumentando a proteção da biodiversidade, recomposição dos habitats naturais, equilíbrio climático, melhora da qualidade do ar, redução de erosão e deslizamentos, além de retenção de poluentes da atmosfera.
O Mapa dos Sonhos, criado pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas, corresponde a um mapa com as áreas estratégicas a serem plantadas na Mata Atlântica local, promovendo a reconexão da floresta e conservando animais ameaçados como o mico-leão-preto e a anta brasileira.
O mapa orienta o plantio dos chamados “Corredores para a Vida”. Um dos corredores, com 2,4 milhões de árvores, interliga as duas maiores unidades de conservação da Mata Atlântica do interior paulista, o Parque Estadual do Morro do Diabo e a Estação Ecológica do Mico-Leão Preto.
“Como parte fundamental no processo de conscientização e formação do futuro cidadão a respeito da preservação do meio ambiente, a educação ambiental tem papel fundamental ao incentivar e valorizar estas iniciativas e, demonstrar o prejuízo que desmatamento causa para o equilíbrio climático”, conclui Vininha F. Carvalho.
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